Na Pele
Qual é a trajetória da tatuagem no Brasil? Como esta arte underground alcançou o mainstream? Quem faz, porque faz e o quê faz? Estas e outras perguntas foram reunidas na primeira exposição que contou a história da tatuagem no Brasil, a “Na Pele – grupos que comunicam e se identificam pela tatuagem”.
Com o objetivo de explorar a singularidade de cada desenho, a exposição exibiu fotos de personalidades tatuadas ao lado de anônimos cujas vidas foram fortemente influenciadas pela arte na pele.
O corpo desenhado da atriz Mel Lisboa, por exemplo, compartilhou a parede com a criptografia exibida no corpo do rapper Dexter, que representa o universo da tatuagem do cárcere. O apresentador Dudu Braga revelou ao público a tatuagem que ele, cego desde os 22 anos, nunca viu, enquanto o comediante Rafinha Bastos exibiu sua tribal gigante.
As fotos foram acompanhadas pelo depoimento em vídeo de vinte personagens clicados pelos fotógrafos Francisco Orlandi Neto e Sebastião Braga. A curadoria do evento foi do Paulão, o big boss do Soul Tattoo, e de Ricardo Vidal, da Feel Filmes e Produções.
A história da tatuagem foi contada por uma linha do tempo e por objetos icônicos, entre eles a primeira máquina de tatuar elétrica que chegou ao Brasil pelas mãos do dinamarquês Lucky, considerado o pai da tatuagem em terras tupiniquins, cujos quadros pintados em mármore e fotos também estão na exposição.
O evento exibiu ainda, em formato de videoinstalação, o documentário inédito “O Brasil tatuado”, de Sebastião Braga (Feel Filmes e Produções). O filme reúne depoimentos de outros precursores, como Claudia Macá, a primeira tatuadora do Brasil, o carioca Toni Marques, autor do livro “Brasil e outros mundos tatuados”, e os tatuadores Paulão, Markone, Polacco, Mauro Landim, Ignácio da Glória, Caio (RJ), o piercer André Meyer e o ator André de Biase.
Veja como foi a incrível noite de abertura lá na Galeria Olido.